quinta-feira, 17 de abril de 2008

Respirando mais fundo...

Quando eu tinha 14 anos meu namorado era "o genro que minha mãe pediu a Deus" - durou menos de um semestre. Naquela época eu pensei que aquela dor ia acabar me matando, literalmente, o sofrimento persistiu mais que o dobro do tempo de namoro, doido isso não é? Mas passou, embora eu achasse que iria "perder a virgindade" com ele, casar, ter filhos...(ele realmente era um bom rapaz, deve ser ainda). Lembrei disso tudo agora e achei tão interessante relacionar (não comparar) com o que penso agora! Eu não deixei a "castidade" de lado aos 14 , não casei, muito menos filhos... Alguém um pouco mais imutável que eu estaria cortando os pulsos, ainda bem que não é o caso, justamente o contrário: hoje eu não penso em casar, depois daquele eu tive um namorado rebelde (como eu na época), alguns anos depois deparei-me com o namorado-filho, um amor, mas até a toalha eu tinha que levar no banheiro, sem falar que a mãe verdadeira dele era louca e achou que eu tinha roubado o seu lugar - de repente, já que me tornei mãe dele... (interessante, isso veio agora). Não quero casar pelo mesmo motivo que não quero ter filhos, amo e prezo muitíssimo a minha liberdade. No sentido mais amplo da palavra mesmo, sei que essas duas coisas não me impediriam de fazer um montão de coisas, mas eu teria que planejar, e a parte que eu mais gosto nessa história de estar sempre evoluindo, descobrindo, mudando é o fato de que eu posso fazer as malas agora ou amanhã, mudar de idéia não irá interferir no andamento da vida de mais ninguém, e que criança é um amor, mas melhor é saber que se começar a chorar é só entregar para a mãe dela! 12 anos depois, quase o dobro de tempo de vida e com certeza a época mais interessante. Eu me transformei mesmo - minhas feridas cicatrizam tão rápido - e amanhã serei tão diferente do que sou hoje, que leveza senti agora, simplesmente porque sei que amadurecer pode ser muito doloroso às vezes, mas é necessário e prazeroso também, quando se consegue olhar por outro ângulo, ou apenas sonhar...