quarta-feira, 9 de abril de 2008
Ah, as palavras...
Sempre tive uma paixão por elas e seus múltiplos significados, suas intermináveis combinações, infinitas interpretações... As palavras, carregadas de sentimento, bom ou ruim, são capazes de transformar momentos, pessoas, vidas... Mas quando elas realmente possuem sentimento? Quando são apenas palavras? Como perceber essa sutil diferença? Tênue mesmo, um oi, por exemplo, pode ser um simples cumprimento formal, mas em outro contexto pode ser uma aproximação, uma reaproximação, um gesto de carinho ou até mesmo um adeus... a palavra escrita pode ser absolutamente oposta à falada. E era aí que eu queria chegar: por que mudam tão consideravelmente de sentido as palavras quando são ditas? O que um tom de voz, um olhar, um gesto, um sorriso ou uma lágrima podem fazer com uma palavra? Tudo! E a ausência deles principalmente... Cuidado com as palavras, até mesmo as "ditas", mas fundamentalmente as escritas, elas podem, e muitas vezes, causar insanidade, a única vantagem é que você pode guardá-las para ter certeza de que não imaginou coisas. Mas até mesmo essa certeza é perigosa, pois você passa a ignorar o que foi lido para ater-se ao que foi entendido e/ou sentido. São mesmo poderosas as palavras, mesmo acompanhadas de um olhar, de um toque, e por mais delicadas que sejam, um dia elas ficarão ressoando na sua mente, acompanhando a pergunta fatal: existiram aquelas palavras? Em sentido mais amplo, o questionamento é: são reais? Muitas palavras valem mais quando "esquecidas", refletir sobre elas pode levá-lo à loucura, mas deixá-las de lado pode trazer imenso crescimento interior...
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