quarta-feira, 30 de abril de 2008
Eu-quase.
Tenho medo de acordar um dia e descobrir que não realizei o que eu gostaria, na verdade tenho medo de não saber o que realmente desejo, o que me realiza, o que me faz acreditar na vida. E se eu olhar para trás e encontrar o momento exato em que mudei o caminho? E se eu tomar o rumo errado? Mas se eu não tentar? Também esse pode ser o erro... tenho medo de abrir os olhos, bem velhinha, e não sorrir... Eu quero tantas coisas, mas não sei qual delas me satisfaz realmente, quero experimentar o mundo, mas tenho medo de fazer um pouco de tudo e não gostar de nada... tenho medo de não ter coragem, de me arrepender por alguma coisa que não fiz... ou que fiz... Quero ser livre e poder ir a qualquer lugar, e sou, mas tenho medo de ficar presa dentro de mim, e que esse medo possa me impedir... Eu tenho medo de me decepcionar com as pessoas, e que elas se decepcionem comigo... Tenho medo de não ser mais interessante, de não me sentir assim, de não voltar a sentir-me apaixonada pelas pessoas, pelas coisas, pelas vidas... Tenho medo de não me conhecer, não saltar de pára-quedas, não fazer teatro, não ser amada, não arriscar, não aprender a dizer não, não ser especial, não sair daqui, não ser independente, não sonhar, não ser feliz... Tenho medo que todos esses medos sejam mais intensos que os desejos que eles "tentam" encobrir...
terça-feira, 29 de abril de 2008
domingo, 27 de abril de 2008
sábado, 26 de abril de 2008
quarta-feira, 23 de abril de 2008
terça-feira, 22 de abril de 2008
segunda-feira, 21 de abril de 2008
domingo, 20 de abril de 2008
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Respirando mais fundo...
Quando eu tinha 14 anos meu namorado era "o genro que minha mãe pediu a Deus" - durou menos de um semestre. Naquela época eu pensei que aquela dor ia acabar me matando, literalmente, o sofrimento persistiu mais que o dobro do tempo de namoro, doido isso não é? Mas passou, embora eu achasse que iria "perder a virgindade" com ele, casar, ter filhos...(ele realmente era um bom rapaz, deve ser ainda). Lembrei disso tudo agora e achei tão interessante relacionar (não comparar) com o que penso agora! Eu não deixei a "castidade" de lado aos 14 , não casei, muito menos filhos... Alguém um pouco mais imutável que eu estaria cortando os pulsos, ainda bem que não é o caso, justamente o contrário: hoje eu não penso em casar, depois daquele eu tive um namorado rebelde (como eu na época), alguns anos depois deparei-me com o namorado-filho, um amor, mas até a toalha eu tinha que levar no banheiro, sem falar que a mãe verdadeira dele era louca e achou que eu tinha roubado o seu lugar - de repente, já que me tornei mãe dele... (interessante, isso veio agora). Não quero casar pelo mesmo motivo que não quero ter filhos, amo e prezo muitíssimo a minha liberdade. No sentido mais amplo da palavra mesmo, sei que essas duas coisas não me impediriam de fazer um montão de coisas, mas eu teria que planejar, e a parte que eu mais gosto nessa história de estar sempre evoluindo, descobrindo, mudando é o fato de que eu posso fazer as malas agora ou amanhã, mudar de idéia não irá interferir no andamento da vida de mais ninguém, e que criança é um amor, mas melhor é saber que se começar a chorar é só entregar para a mãe dela! 12 anos depois, quase o dobro de tempo de vida e com certeza a época mais interessante. Eu me transformei mesmo - minhas feridas cicatrizam tão rápido - e amanhã serei tão diferente do que sou hoje, que leveza senti agora, simplesmente porque sei que amadurecer pode ser muito doloroso às vezes, mas é necessário e prazeroso também, quando se consegue olhar por outro ângulo, ou apenas sonhar...
quarta-feira, 16 de abril de 2008
terça-feira, 15 de abril de 2008
Nostalgicamente eu...
É, sessão nostalgia nunca foi fácil, e quando vem chega com tudo e arrebenta no meio, ou um pouco mais pro lado, mais atrás, mas estraçalha mesmo... eu sinto falta da minha inocência, apesar de meus amigos ainda dizerem que sou a criatura mais pura - não puritana - que existe (num sentido mais amplo, sem maldade). Acho que conservo um pouco disso, mas ainda é difícil acreditar que as pessoas podem ser simplesmente más. Sinto falta de cozinhar só pra mim num domingo chuvoso e olhar todos os filmes que puder durante a tarde, e sem interrupções! Mas no comecinho da noite me permitir sentir saudade de ver gente e ligar, sempre para um grande amigo, convidando para um chimarrão, umas panquecas, um vinho e talvez outro filme... o inverno é mesmo feito de lembranças. Há muita saudade guardada em mim, principalmente das horas a fio divagando descompromissadamente sobre tudo que podia parecer interessante naquele exato momento, mesmo que amanhã nem lembrasse mais - mas eu recordo sim, ah se recordo! Hoje eu fui embora, muitos amigos foram também, de lá ou daqui, e posso ir a qualquer lugar, sempre haverá um longe ainda mais distante de mim... Só há uma saudade que não sinto mais, a saudade de mim, gostava muito de quem eu era, mas gosto mais agora, porque sou aquela mais um monte de coisas, o que formou essa! As voltas à memória daquilo que passou têm um sentido muito maduro agora, não há vontade de retornar lá, mas de fazer tudo para ter sempre novas saudades, olhar sorrindo para o que não volta mais, para o espelho, para os sonhos...
domingo, 13 de abril de 2008
quinta-feira, 10 de abril de 2008
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Ah, as palavras...
Sempre tive uma paixão por elas e seus múltiplos significados, suas intermináveis combinações, infinitas interpretações... As palavras, carregadas de sentimento, bom ou ruim, são capazes de transformar momentos, pessoas, vidas... Mas quando elas realmente possuem sentimento? Quando são apenas palavras? Como perceber essa sutil diferença? Tênue mesmo, um oi, por exemplo, pode ser um simples cumprimento formal, mas em outro contexto pode ser uma aproximação, uma reaproximação, um gesto de carinho ou até mesmo um adeus... a palavra escrita pode ser absolutamente oposta à falada. E era aí que eu queria chegar: por que mudam tão consideravelmente de sentido as palavras quando são ditas? O que um tom de voz, um olhar, um gesto, um sorriso ou uma lágrima podem fazer com uma palavra? Tudo! E a ausência deles principalmente... Cuidado com as palavras, até mesmo as "ditas", mas fundamentalmente as escritas, elas podem, e muitas vezes, causar insanidade, a única vantagem é que você pode guardá-las para ter certeza de que não imaginou coisas. Mas até mesmo essa certeza é perigosa, pois você passa a ignorar o que foi lido para ater-se ao que foi entendido e/ou sentido. São mesmo poderosas as palavras, mesmo acompanhadas de um olhar, de um toque, e por mais delicadas que sejam, um dia elas ficarão ressoando na sua mente, acompanhando a pergunta fatal: existiram aquelas palavras? Em sentido mais amplo, o questionamento é: são reais? Muitas palavras valem mais quando "esquecidas", refletir sobre elas pode levá-lo à loucura, mas deixá-las de lado pode trazer imenso crescimento interior...
terça-feira, 8 de abril de 2008
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Eu posso ir para todos os lugares, mas fugir de mim é impossível, sempre vou me acompanhar, eu e tudo que carrego, alegre ou triste... eu e todas as angústias, todas as saudades, os amores, os restos... eu e todo o meu desespero... eu e tudo que procuro, tudo que não encontro... eu e todas as culpas, todas as dores, tudo que falta em mim...
domingo, 6 de abril de 2008
Para quem você cantaria?
Paixão - Cleiton & Cledir -
Amo tua voz e tua cor
E teu jeito de fazer amor
Revirando os olhos e o tapete
Suspirando em falsete
Coisas que eu nem sei contar
Ser feliz é tudo que se quer
Ah! Esse maldito fecho eclair
De repente a gente rasga a roupa
E uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiar
Depois do terceiro ou quarto copo
Tudo que vier eu topo
Tudo que vier, vem bem
Quando bebo perco o juízo
Não me responsabilizo
Nem por mim, nem por ninguém
Não quero ficar na tua vida
Como uma paixão mal resolvida
Dessas que a gente tem ciúme
E se encharca de perfume
Faz que tenta se matar
Vou ficar até o fim do dia
Decorando tua geografia
E essa aventura em carne e osso
Deixa marcas no pescoço
Faz a gente levitar
Tens um não sei que de paraíso
E o corpo mais preciso
Do que o mais lindo dos mortais
Tens uma beleza infinita
E a boca mais bonita
Que a minha já tocou
sábado, 5 de abril de 2008
Santa Maria
Por mais que eu não tenha vontade de voltar a morar lá, sempre me encontro por aquelas ruas íngremes e confusas. São tantos cantinhos especiais, tantas pessoas que me fazem sentir, simplesmente, eu! É como voltar para casa, mas com muitas novidades, principalmente as saudades, que se renovam a cada ida. Certamente um pedacinho meu ficou por lá, e conforta-me saber que, toda vez que eu quiser descobri-lo, lá estará ele, sorrindo para mim! :))))
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Nós duas...
Alguma coisa fez com que eu olhasse para o lado, simplesmente virei o pescoço e vi. Seria melhor não ter visto, ultimamente seria melhor não ver nada...Tudo me toca profundamente, causando uma tristeza que, exatamente por não ter motivos concretos, angustia ainda mais... Antes de ver o casalzinho feliz passeando abraçado (e os dois apaixonados resolveram trocar uns beijinhos justamente ao passar pela porta da minha casa) eu tinha derramado algumas lágrimas ao assistir uma cena estúpida da teledramaturgia brasileira, sim, novela. Acho que nunca havia sentido uma sensação tão ridícula, enquanto uma parte de mim chorava, quase soluçando, um eu mais sensato presenciava, e resolveu dizer-me então o quanto era deprimente ver-me assim, e nós já sabíamos, o que parece ser a parte boa.
Mas o que interessa aqui não é o choro ou a estupidez, é o quanto isso foi útil para dar-me conta de que estou lutando contra mim, diariamente. Não estamos chegando ao ponto de quebrarmos as nossas caras rolando no tapete da sala, mas estamos mantendo uma equilibrada relação de amor e ódio, mútua, é claro. Equilibradíssima, aliás, uma de nós não permite que a outra ultrapasse os limites e apaixone-se perdidamente pelo que somos, a outra impede que o ódio espalhe-se, a ponto de esquecermos o amor e permitirmos nosso abandono...
E ninguém cede, talvez por isso estejamos aqui ainda...
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Onde eu coloco esse medo? Acho que vou comprar uma caixinha pra guardar ele bem quietinho... porque às vezes quero deixá-lo bem aqui, sinto que ele vai me proteger... Quando eu não sentia medo era mais fácil, não precisava ficar pensando, fazia e pronto... mas também era mais comum acordar chorando. Vou esperar ele passar, paciência, se não passar fico aqui, onde é mais seguro...
terça-feira, 1 de abril de 2008
Incógnita
Algum motivo deve existir para que eu não consiga livrar-me da imagem, do cheiro, do arrepio... "Penso que o destino é dono da metade de nossas ações, mas deixa a outra metade a nossos cuidados".
Maquiavel
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